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Segurança em Cirurgia Plástica

Segurança é, sem dúvida, o assunto de maior evidência no ambiente da assistência à saúde nos últimos anos. Isso reflete um importante avanço no conceito de cuidar. Cuidar passa, antes de mais nada, por evitar qualquer situação potencialmente adversa ao paciente. E, nos casos em que não é possível evitar tais situações, estar absolutamente preparado para manejar, atenuar e reverter as intercorrências.

Em Cirurgia Plástica não é diferente. Nossa especialidade tem tido um cuidado todo especial com a questão da segurança do paciente, em todos os passos da avaliação pré-operatória, do ato cirúrgico e da evolução pós-operatória. Em todos os eventos científicos certificados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica há sempre um espaço considerável para a discussão da segurança. Sem exceção, tais sessões lotam a tribuna e contribuem para o crescimento de todos com painéis multidisciplinares.

Intercorrências adversas em Cirurgia Plástica são sempre bastante divulgadas e, em muitos casos, possuem uma característica especial: ocorrem em pessoas que não estão buscando a cura de uma doença específica, mas uma melhora da sua saúde global através da modificação de características físicas. Na presença de uma doença, os efeito sadversos e as complicações são melhor compreendidos pela equipe médica, pelo paciente, pela família e pela sociedade. Por outro lado, quando se busca uma melhora estética, torna-se muito mais complexo a aceitação de complicações. Isso justifica todo o nosso empenho conhecer profundamente o assunto segurança.

Todo procedimento cirúrgico, porém, possui riscos. A Indicação de cirurgia, portanto, deve ocorrer apenas quando os benefícios do tratamento superam em muito os riscos. E, se não é possível zerar as complicações, o que podemos fazer para garantir a segurança do paciente?

O primeiro passo é a informação do paciente. É preciso expor com lealdade os riscos e benefícios da cirurgia para que o paciente possa avaliar criteriosamente sua disponibilidade em aceitar os riscos, ainda que raros.

Após, podemos dividir as complicações em previsíveis e imprevisíveis. As complicações previsíveis dependem das características do paciente e do procedimento proposto. Sua prevenção inclui uma avaliação pré-operatória criteriosa, medidas capazes de reduzir o risco de complicações, escolha do ambiente cirúrgico apropriado e observância das técnicas cirúrgica e anestésica. As complicações imprevisíveis incluem, em sua maioria, reações alérgicas exuberantes e reações desfavoráveis do paciente aos procedimentos anestésicos e/ou cirúrgicos. O controle dessas complicações depende primariamente do preparo da equipe, da rapidez do tratamento e da disponibilidade dos recursos necessários para o manejo do caso.

Procedimentos cirúrgicos são passíveis de complicações. Nosso objetivo deve ser criar todas as condições para evitar as complicações previsíveis e fornecer todos os recursos para manejar as imprevisíveis. Avalie com cuidado. Procure um profissional habilitado. Esclareça o maior número de dúvidas antes da cirurgia, mas não deixe de requisitar informações do seu médico sempre que sentir necessidade. Sua segurança deve estar em primeiro lugar!

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